Eu não sei se existe na verdade, mas acabei de inventar uma nova ‘síndrome’, que chamei carinhosamente de “Síndrome do Próximo”. Que é basicamente aquela ‘mania’ das pessoas de ao findar de algo, já pergunta pelo próximo. Arrumou namorado? Quando vai noivar? Noivou? Quando vai casar? Casou? Quando vai ter filhos? Nasceu o primeiro? Quando vem o segundo? Lançou um livro? Quando vai ser o próximo? E assim caminha a humanidade…

Costuma muitas vezes a pessoa nem ter lido (quiçá comprado!) o livro, e já está ‘cobrando’ o segundo livro. Coloquei o cobrando entre aspas mesmo justamente porque precisa de explicação. Porque na verdade tudo depende do ponto de vista. Conheço várias pessoas que costumam ficar irritadas com essas pseudo-cobranças da sociedade, naquele estilo bem comum como citei no começo… se casou, tem que ter filho, e por ai vai. E a questão aqui é: será que é cobrança mesmo?

Muitas vezes eu percebo que as tais cobranças existem por dois motivos: 1) só por hábito mesmo. É cultural sabe. É normal, faz parte, é comum, é como se fosse esperado. Se você não pergunta é como se não estivesse demonstrando interesse em conversar. E o motivo nº 2 acredito que é: apenas uma forma de puxar a assunto. Tal como o tempo no elevador. Sabe aquela coisa bem clichê mesmo? Porque no final das contas a resposta muitas vezes não vai fazer diferença nenhuma na vida da outra pessoa. A vida é sua e ponto. Mas a pergunta nunca deixa de existir…

E digo mais. Acredito que isso acontece simplesmente porque não estamos acostumados a puxar outros assuntos. Não fomos educados/treinados a perguntar alguém sobre o que ela anda lendo ou vendo, e indicando coisas interessantes que possam lhe interessar. Acabamos que, ao encontrar com as pessoas, dentro da tal ‘correria’ da vida, acabamos sendo rasos e as vezes até mesmo intrometidos. Questionando sobre situações e decisões que a pessoa pode muitas vezes não querer compartilhar ou justificar. Acontece. Mas acredito que foi sem querer. Fica brava não colega.

A “Síndrome do próximo” pode pegar qualquer um. E em qualquer situação. Seja sendo o interrogado, ou interrogador. Não se engane. VOCÊ também faz isso. E pode saber que EU também. Sem ver, e sem querer. Mas a história sempre se repete. E você não percebeu… A questão então é ter um pouco de paciência e curtir a onda! Não custa nada brincar de possibilidade e adivinhações sem sentido não é mesmo? Vai que uma boa ideia surge dai?

.

.

.

P.S.1 –  Só lembrando que, como sempre, minhas crises são apenas reflexões aleatórias sobre meu cotidiano, e algo que as vezes já está sufocado a tempo na minha cabeça. As vezes pode ser até o desabafo de alguém. Ou minha resposta/sugestão para o ‘causo’. Ou seja, nunca se sabe… mas NUNCA é indireta. Não se ache, não foi pra você, ok? 

P.S.2 –  Acabou que com essa história de escrever livro percebi a “Síndrome do próximo” mais presente em minha vida e vejo que trouxe uma pontinha de expectativa para o povo, que já estava cansado de parar na primeira pergunta: e o namoro? A resposta tem sido a mesma, e ai não dá assunto pra pessoa continuar perguntando… Coitadas né? Vamos dar assunto pra galera!

P.S.3 – E vai que eu resolvo entrar na brincadeira e realmente resolvo escrever um segundo livro? Afinal, o segundo livro pelo menos, só depende de mim não é mesmo? E ai o povo vai perguntar pelo terceiro… e pelo próximo e próximo. Vai que eu fico rica escrevendo livro? Não custa nada sonhar!