Antes de começar esse post preciso fazer um alerta: cuidado que você pode se espantar com tanta ‘viagem na maionese’, porque aqui o sistema é bruto kkkkk! Voltando a programação normal do blog, hoje eu resolvi falar de mais um filme que tem a classificação de infantil mas que mexa com a cabeça de muito marmanjo por ai: Divertidamente. Lançado em junho de 2015, é uma animação da Disney juntamente com a Pixar, que através de personagens fofos e apaixonantes ‘explica’ como a mente da gente funciona. Bem, pelo menos tenta né?! Continue lendo e descubra como.

divertidamente

Primeiramente, prefiro usar a própria descrição do filme para apresentar a história/justificativa:

“Crescer pode ser uma jornada turbulenta, e com Riley não é diferente. Ela é retirada de sua vida no meio-oeste americano quando seu pai arruma um novo emprego em São Francisco. Como todos nós, Riley é guiada pelas emoções – Alegria (Amy Poehler), Medo (Bill Hader), Raiva (Lewis Black), Nojinho (Mindy Kaling) e Tristeza (Phyllis Smith). As emoções vivem no centro de controle dentro da mente de Riley, onde a ajudam com conselhos em sua vida cotidiana. Conforme Riley e suas emoções se esforçam para se adaptar à nova vida em São Francisco, começa uma agitação no centro de controle. Embora Alegria, a principal e mais importante emoção de Riley, tente se manter positiva, as emoções entram em conflito sobre qual a melhor maneira de viver em uma nova cidade, casa e escola”.

Percebeu que eu grifei todas as emoções? Isso porque elas é que são as personagens principais do filme (e não a menina em si), pois é o comportamento delas que influencia e decide o ‘estilo’ de vida da garotinha. E na minha e na sua também. O principal objetivo do filme é esse, mostrar como cada emoção tem peso no nosso comportamento e consequentemente na nossa vida. Para explicar melhor vou falar um pouco sobre cada uma, tanto do que o filme propõe, quanto do que eu entendi:

Alegria: a alegria até então está no centro do comando, e está ali para garantir que a garotinha tenha boas memórias e tome decisões que levem sempre a uma vida ‘feliz e alegre’. Ela é muito importante pois é através da alegria que conseguimos ter pensamentos positivos, buscando sempre o melhor e harmonia à nossa volta. No filme tive a impressão que ela se achava a única ou a mais importante de todas, mas com o tempo ela mesma reconhece o valor de cada uma das outras emoções.

Medo: O medo ele existe para nos proteger. É através dele que não comentemos ‘burradas’ ou até mesmo acidentes. Porém é importante saber o limite de até onde ele nos protege, e até onde ele se torna um bloqueio que nos impede de alcançar nossos sonhos. Em um determinado momento do filme o medo juntamente com a raiva e a nojinho ficam responsáveis pelo comando central… e é justamente quando a coisa toda começa a desandar. 

Raiva: De certa forma podemos dizer também que a raiva existe para nos proteger, mas no sentindo de não deixar que alguém nos prejudiquem. No filme ela sempre se posiciona de forma defensiva para garantir que a justiça seja feita. Mas é claro que o outro lado dela também foi mostrado, que é a impaciência e intolerância com as mais diversas situações, o que só tende a causar situações desagradáveis e resultados nada interessantes. Aqui vale pegar o melhor dela, entender que justiça deve ser feita, mas ‘sem stress’.

Nojinho: No filme, a Nojinho, é a emoção responsável por prevenir as intoxicações, tanto do ponto de vista físico como mental. Em certo ponto ela té se parece um pouco com o medo, mas é mais específica em sua área de atuação. No caso da personagem é ela quem comando o paladar por exemplo, se gosta ou não, se aquilo é importante ser consumido ou não pelo organismo. 

 Tristeza: A tristeza… ai a tristeza… como é triste essa menina. De todas é a mais fofa! Mesmo com seu baixo alto-astral e toda sua negatividade ela nos conquista desde o começo com a sua vontade de participar e ser importante no processo de criação de boas memórias. Ela faz de tudo, obedece, estuda e até tenta ser positiva, dentro do que sua tristeza permite, sempre com a boa intenção de fazer bem à garota.

E é justamente nesse ponto que se dá início ao desenrolar da história. A alegria acredita que a menina tem que ter apenas “memórias bases’ felizes. Essas memórias bases são referências para os pilares da vida como família, honestidade, lazer, amizade, etc, que no filme são retratadas como ‘ilhas’. Sendo assim, a alegria tenta afastar de qualquer jeito a tristeza do comando. Mesmo com todas as tentativas uma memória base triste é criada, e ao tentar se livrar dela, a alegria e tristeza saem  acidentalmente da central de comando e vão parar no ‘estoque’ de memória a longo prazo.  

E ao tentar voltar elas vão passando por várias outras possibilidades dentro da mente humana, no setor que cuida dos sonhos e pesadelos, da fantasia e até o subconsciente, que é onde os ‘guardinhas’ da mente mantém presos os maiores traumas e medos. Toda a trajetória é emocionante e tem muito a nos ensinar, principalmente no que diz respeito ao comportamento da alegria, que precisa se adaptar à nova realidade, e superar até a si mesma. Veja o trailer e entenda:

 

Acho que depois de tudo que falei e mostrei já posso concluir né? É claro que não posso contar o final do filme, mas pra mim a grande aprendizagem foi entender que TODAS as emoções são fundamentais em nossa vida. E até mesmo a tristeza, que muitas vezes achamos que não deve existir, tem sua devida importância. Por isso não devemos escondê-la ou passar por cima, sentir-se triste não é feio nem errado. É apenas uma questão de sentir verdadeiramente o que vida nos proporcionou. E depois é ‘bola pra frente… que atrás vem gente’!

Um abraço,

AnaP*

p.s.1 – não esquece de comentar o que achou do post, mesmo que ainda não tenha visto do filme. 😉

p.s.2 – se você gostou dessa ‘viagem’ toda, veja também o que falei dos outros filmes: UP e Croods .

p.s.3 – não querendo te influenciar, mas pra mim a principal lição foi a de que não existe alegria sem tristeza… #pensoeu